Origem do conhecimento
Na reflexão da fonte do conhecimento, a questão de partida é a seguinte: Qual é a fonte que nos dá conhecimento? A sensibilidade (os sentidos, a experiência) ou a razão do sujeito (intelecto)?
O conhecimento é constituído por ideais (conceitos), juízos e raciocínios. Os juízos e os raciocínios são obtidos a partir das ideias. Por isso, o problema da origem do conhecimento consiste em determinar como se adquirem as ideias e os primeiros princípios que normalizam todo o conhecimento.
Na tentativa de responder a questão sobre a origem do conhecimento, surgiram três teorias fundamentais: empirismo, o racionalismo e o apriorismo ou intelectualismo.
O surgimento do Empirismo e do racionalismo, como correntes antagónicas, justifica-se pelo facto de, em primeiro lugar, surgirem em áreas geográficas diferentes e, em segundo, e principalmente, pela divergência das áreas de investigação: enquanto na Europa continental florescia a Matemática e a Geometria – ciências meramente especulativas -, na Inglaterra floresciam as ciências matemáticas e experimentais, a saber: botânica, a Química, a Astronomia e, a Óptica, a Medicina,.. isto fez com que os filósofos continentais (descartes e, Espinoza) exaltassem o conhecimento abstracto e universal, baseado na razão, enquanto os ingleses interessavam por uma pesquisa de uma teoria de conhecimento e de um método que satisfizessem as exigências das ciências por eles investigadas.
As ciências experimentais partem da constatação de acontecimentos particulares, da experiência de certos factos concretos o seu objectivo é ir além dos factos, mediante as descobertas de relações constantes, de leis estáveis, de modo que tornem possível a antecipação de outras experiências.
A problemática epistemológica da filosofia inglesa, sobre origem do conhecimento, consistirá essencialmente em saber como é possível, partindo da experiência de factos singulares, elaborar leis universais, que garantam o retorno à esfera dos