Origem da vida
Ambiente Pré_Biótico e Origem da Vida
Primeiros Vestígios da Existência da Vida
Existem actualmente dados convincentes para se poder afirmar que a vida existia na Terra há cerca de 3800 milhões de anos (3800 M.a.) Os primeiros vestígios de vida na Terra, com cerca de 3800 milhões de anos, estão relacionados com a actividade bacteriana e foram descobertos em Isua, na Gronelândia. Na Austrália foram encontrados estromatólitos com uma idade aproximada de 3800 milhões de anos e no Canadá a Flora de Gunflint, com cerca de 2000 milhões de anos. Com idade mais recente, aproximadamente 700 milhões de anos, foi localizado na Austrália um jazigo de fósseis de metazoários — Fauna de Edicara.
Origem da Vida – diferentes abordagens
Desde tempos imemoriais que o Homem tem tentado explicar a origem da vida na Terra. As primeiras explicações foram de natureza divina e religiosa, atribuindo a origem da vida a um Criador Supremo. Aristóteles (384-322 A.C.), grande pensador grego, elaborou a primeira teoria explicativa não religiosa, com base nas opiniões expressas até à sua época e em observações que ele próprio realizou. Segundo esta teoria — Teoria da geração Espontânea ou espontaneísmo — a vida era o resultado da interacção entre um «princípio activo» e um «princípio passivo», podendo brotar espontaneamente em qualquer momento, desde que houvesse o «princípio passivo», que era a matéria, e o «princípio activo», que dava forma a essa matéria. Assim era explicada a geração de moscas e mosquitos a partir da lama ou de carne em putrefacção, de peixes a partir de algas em decomposição ou de ratos e sapos a partir de terra húmida.
Esta Teoria da Geração Espontânea ou Abiogénese nunca foi posta em causa até ao séc. XVII (altura em que Redi propôs a Teoria da Biogénese), tendo sido aceite e defendida por nomes ilustres da Ciência como Descartes, Newton, William Harvey e Van Helmont, e mantido a sua influência e grande aceitação até meados do