Origem da sociedade

Origem da sociedade

Vida em sociedade traz evidentes benefícios ao homem, mas, em contraposição, traz limitações à liberdade.
E, apesar disso, o homem continua vivendo em sociedade.
Inicialmente, há duas correntes de pensamento:
a) os que acham que é natural do homem ideia de sociedade natural, fruto da própria natureza humana.
b) os que acham que é um ato de escolha.
Pois o homem é o único que possui a razão, o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto.
Na idade média, São Tomás de Aquino, o mais expressivo seguidor de Aristóteles, afirmou que “o homem é, por natureza, animal social e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade”.
Essa necessidade não é apenas material, vez que, mesmo provido de bens materiais suficientes para a sua subsistência, o ser humano ainda precisa do convívio com os semelhantes.
Consciente de que necessita da vida social, o homem a deseja e procura favorece-la. A sociedade é o produto da conjugação de um simples impulso associativo natural e da cooperação da vontade humana.
O mais remoto antecedente do contratualismo foi PLATÃO, em sua obra A República, vez que lá se faz referência a uma organização social construída racionalmente, sem qualquer menção à existência de uma necessidade natural. Apesar de suas paixões más, o homem é um ser racional e descobre os princípios que deve seguir para superar o estado de natureza e estabelecer o estado social.
Acredita, porém, num estado de natureza, precedente ao estado social e no qual o homem, essencialmente bom, só se preocupa com sua própria conservação.
Predomina, atualmente, a aceitação de que a sociedade é resultante de uma necessidade natural do homem, sem excluir a participação da consciência e da vontade humanas.
É inegável, entretanto, que o contratualismo exerceu e ainda exerce grande influência prática, devendo-se mesmo reconhecer sua presença marcante na idéia contemporânea de