ORIGEM DA EDUCAÇÃO FISICA
A origem da pratica esportiva, mediante a qual procura-se acrescentar a força e a agilidade do corpo, confunde-se com as mesmas origens históricas da humanidade. O homem pré-histórico, pelas condições de vida a que o obrigava o ambiente físico, pelo perigo a que se expunha constantemente, pela necessidade de proteger-se cada vez melhor, pelas lutas de morte a que se condicionava à sua própria sobrevivência possuía excepcionais qualidades físicas, as quais governava com inteligência superior a dos outros animais. As longas caminhadas davam-lhe resistência nas marchas; as necessidades de perseguir a caça ou de fugir do inimigo emprestavam-lhe velocidade nas corridas; a imposição de acerta o alvo, quase sempre móvel, adestravam-no nos arremessos; as valas dos precipícios, o terreno acidentado exercitavam-no constantemente nos saltos; o refúgio ou busca de frutos em altas árvores ensinavam-lhe os movimentos de trepar; o transporte da caça e de objetos pesados (principalmente paus e pedras) mantinham o seu vigor físico e a sua fabulosa força muscular, lutas contínuas, em terríveis corpo a corpo, deram-lhe destreza. Além disso, os lagos e os rios forçaram-no a aprender como atravessá-los, usando pedaços de pau, ensinando-o a flutuar e também a mergulhar para recolher a pesca. Esta movimentação contínua e constante, repetida várias vezes durante o dia, facultava ao homem primitivo este extraordinário desenvolvimento muscular que o caracterizava e distinguia na evolução da espécie humana. Fosse esta movimentação contínua jamais ele conseguiria obter aquele poderio muscular, que antropólogos e etnólogos são unânimes em reconhecer. A vida simples, mantida pelos recursos que a natureza lhe proporcionou, levava o homem primitivo a obedecer, sem sentir, àquela lei de fisiologia: “movimento continuo e repetido desenvolve os órgãos e aperfeiçoa as funções”. Um dia vivido pelo homem primitivo nada mais era do que uma intensa e longa lição