Orientaçoes para projetos
Toda instituição ou pessoa que se dedica à atividade social deseja mudar a realidade das comunidades à sua volta. No entanto, cada vez mais, a vontade pura e simples de mudar o mundo está sendo acompanhada da profissionalização na hora de elaborar e apresentar projetos de captação de recursos para financiar iniciativas sociais, que, como qualquer outra atividade, precisam de dinheiro para dar certo.
A exigência de profissionalização na captação de recursos é unânime entre quem doa e mesmo quem recebe o dinheiro. Quando uma entidade faz um projeto para conseguir recursos, precisa informar o que as agências de desenvolvimento querem saber. É nessa hora que muitas entidades sociais se perdem, não conseguem se “profissionalizar”.
Saber mostrar o que vai fazer, como vai fazer e os resultados atingidos, enfim, saber “vender” uma idéia, um projeto, é o diferencial entre quem consegue dinheiro e sucesso para ajudar as pessoas que precisam e quem não consegue e acaba ficando com uma iniciativa que poderia ser muito boa, mas não saiu do papel ou da cabeça de quem a idealizou.
Organismos de financiamento e desenvolvimento como o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) têm dinheiro para ajudar, mas não perdem tempo com entidades filantrópicas, prefeituras e organizações não-governamentais (ONGs) que não fazem projetos organizados, com foco bem definido e uma série de elementos que mostrem que a idéia vai dar certo e poderá promover mudança na vida das pessoas atingidas.
O Unicef ajuda atualmente 13 entidades na região Norte com o repasse de aproximadamente R$ 1 milhão, dinheiro que vem de iniciativas como o Criança Esperança. No entanto, a oficial de Comunicação do fundo, Ofélia Silva, diz que recebe muitos orçamentos para projetos sociais simplistas, que sequer identificam corretamente o problema que vão combater. Outro erro comum são cronogramas impossíveis de serem