orientalismo
O texto Orientalismo o oriente como invenção do ocidente foi escrito pelo autor Edward W. Said nos anos de 1975-76, após uma visita do autor a Beirute, em plena guerra civil. Trata-se de uma obra marcada profundamente pelo contexto da vida pessoal do autor que é palestiniano cristão protestante nascido em Jerusalém. Como bem exemplifica a autora Eva Von kemnitz o texto “É um “grito de revolta e de indignação” de um intelectual e activista político contra o tratamento subalterno da cultura do “Outro”, no caso concreto do árabe e muçulmano”.
A obra de Said consiste em problematizar a imagem pretérita do Ocidente em relação ao Oriente, elaborada a partir de elementos deste, projetada ainda na atualidade e, chamada por ele de orientalismo Além de buscar o entendimento dos motivos pelo qual essa se formou e quem a produziu.
Como primeiras palavras podemos dizer que o orientalismo resulta, fundamentalmente, da primazia econômica européia sobre as demais nações em um determinado momento histórico. Assim, no que se refere ao Oriente pouco importou o que esses povos tinham de específico, ou de valor, o Oriente era quase uma invenção da Europa,sabemos que as primeiras histórias produzidas sobre esse país resultaram de crônicas que, antes de tudo, representavam uma visão quase alienígena de visitantes que por aqui passaram. O que se produzia sobre o Oriente era a representação que dele fazia o visitante europeu. Este fato é bem exemplificado por said quando ele afirma que :“Tomando o final do século XVIII como ponto de partida muito grosseiramente definido, o orientalismo pode ser discutido e analisado como a instituição organizada para negociar com Oriente – negociar com ele fazendo declarações a seu respeito, autorizando opiniões sobre ele, descrevendo-o, colonizando-o, governando-o (...) sem examinar o orientalismo como um discurso, não se pode entender a disciplina enormemente sistemática por meio da qual a cultura européia conseguiu administrar –e