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1. Introdução
O objetivo do presente artigo é o de realizar uma abordagem resumida sobre as origens, a conceituação e a classificação das Organizações
Internacionais, adiante denominadas OIs. Esse estudo não objetiva esgotar o assunto, mas apenas estabelecer uma linha clara e didática sobre os diversos aspectos pertinentes à formação e conceituação das OIs. A metodologia utilizada foi o estudo descritivo e a leitura analítica a partir de pesquisa bibliográfica. 2. Antecedentes Históricos das Organizações Internacionais
Em um primeiro momento histórico, as relações internacionais tinham características de coordenação e cooperação, mediante a aplicação de técnicas bilaterais. Tais fatos ocorreram em razão de o Direito Internacional incidir, então, em um pequeno grupo de Estados europeu-continentais.
Posteriormente, ocorreu uma multiplicação e diversificação dos sujeitos internacionais. Houve crescimento do número de Estados e, concomitantemente, um alargamento das diferenças de poder, desenvolvimento econômico e valores culturais entre os Estados.
Segundo observa Marie-Claude Smouts, in verbis, “até a Primeira
Guerra Mundial, o direito foi essencialmente um direito de coexistência”.Nesta época, os Estados conviviam sob os pilares da soberania e igualdade e as imposições do Direito Internacional eram majoritariamente negativas e de não intervenção.
Porém, entre a sentença do Tribunal de Justiça Internacional de 7 de dezembro de 1927, do tema Lótus,6 e a sentença de 11 de abril de 1949, que tratou dos danos sofridos pelas Nações Unidas,7 produziu-se um incremento significativo das atividades coletivas dos Estados. Tal fato deveu-se à
Revolução científica e tecnológica que pautou o desenvolvimento do planeta.
Assim, a interdependência dos Estados também sofreu incremento significativo em razão do surgimento de novas