Organização do trabalho no chão-de-fábrica: opções para aumentar a produtividade
Autor: Carlos Atílio Guerra de Azevedo
A organização do trabalho sempre esteve intimamente associada à produtividade, podendo até certo ponto se caracterizar como uma relação de subordinação da primeira para com a segunda. Em verdade, a história já mostra que o aumento da produtividade através da organização do trabalho sempre foi motivo de preocupação, isto fica evidente no famoso experimento de Adam Smith na divisão de tarefas para a fabricação de alfinetes relatado em A Riqueza das Nações (1776) e pela demonstração pública de Eli Whitney em 1801 sobre a produção em massa de armas a partir de pilhas de peças intercambiáveis.
No atual cenário de competitividade o modelo organizacional deve ser um dos principais fatores que as empresas devem considerar, tanto para o aumento de sua produtividade como para “fazer a diferença”. É neste cenário de transformações que se apresenta imprescindível que a fábrica transfira as vantagens que a organização do trabalho na produção pode trazer como contribuição para o negócio com um todo.
Para reflexões sobre como a organização do trabalho no chão-de-fábrica pode ajudar no aumento da produtividade é básico que se inicie com uma análise sumarizada dos modelos que foram desenvolvidos e experimentados ao longo do século XX. Uma comparação das quatro escolas que marcaram esse século frente aos principais pressupostos da organização do trabalho é demonstrada no quadro a seguir.
Tabela 1: Quadro comparativo das escolas (esquemas de organização do trabalho) com alguns condicionantes.
Fonte: Tavares, 2005, p.51
A Administração Científica parte de uma concepção eminentemente técnica. O mérito inicial e maior desta escola de administração foi o de colocar ordem no chão-de-fábrica que até então tinha uma organização caótica, com os trabalhadores (antigos artesãos) exercendo as tarefas de forma indisciplinada quanto aos métodos.
O Taylorismo