ordem imprudente
EDITORIAL
Estresse no Trabalho
Maria Dilma Alves Teodoro
Diretoria Geral da Escola Superior de Ciências da saúde ESCS/FEPECS/SES-DF
Estudos realizados pelo International Stress Management Association
- ISMA em nove países apontou os trabalhadores brasileiros entre os mais estressados do mundo no quesito Esgotamento Profissional. O
Brasil é o segundo país em que a Síndrome de Burnout é mais relatada, ficando abaixo apenas do Japão.
Esta síndrome foi descrita a primeira vez em 1974 nos Estados Unidos, por Herbert Freudenberger, a partir de estudos sobre a perda de motivação, acompanhada de sintomatologia psíquica e física, manifestada por voluntários de uma instituição para tratamento de dependentes químicos (Freudenberger & Richelson, 1980; Schaufelli & Buunk,
1996).
No Brasil, a primeira publicação a respeito aconteceu em 1987, na Revista Brasileira de Medicina e na década de 1990, começaram a surgir às primeiras teses sobre o tema. Em 1996, quando da Regulamentação da Previdência Social a síndrome foi incluída como um agente patogênico causador de doença profissional.
O termo Burnout é uma composição de burn = queima e out = exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritado.
A expressão em inglês significa aquilo que deixou de funcionar por completa falta de energia, por ter sua energia totalmente esgotada.
Acontece quando o trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho, de forma que as coisas já não importam e qualquer esforço lhe parece inútil. Afeta a vida pessoal, através das repercussões físicas e do comprometimento profissional.
Foi observada, originalmente, em profissões predominantemente relacionadas a um contacto interpessoal mais exigente, como médicos, psicanalistas, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros e bombeiros.
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