Oralidade e letramento
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DOCENTE: MARCOS SALVIANO BISPO QUEIROZ
DISCIPLINA: TEMAS ESPECIAS I
DISCENTE: MARIANNA ARAUJO SILVA
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextualização. 1ª. ed. São
Paulo: Editora Cortez, 2001
ORALIDADE E LETRAMENTO
1. Oralidade e letramento como práticas sociais
Hoje, é impossível investigar oralidade e letramento em uma referência direta ao papel dessas duas práticas na civilização contemporânea. De igual modo, já não se podem observar satisfatoriamente as semelhanças e diferenças entre fala e escrita (o contraponto formal das duas práticas acima nomeadas) sem considerar a distribuição de seus usos na vida cotidiana. (pág.15)
Considerava-se a relação oralidade e letramento como dicotômica, atribuindo-se à escrita valores cognitivos intrínsecos no uso da língua, não vendo nelas duas práticas sociais. Hoje, como se verá adiante, predomina a posição de que se pode conceber oralidade e letramento como atividades interativas e complementares no contexto das práticas sociais e culturais. (pág.16)
(...) será fundamental considerar que as línguas se fundam nos usos e não ao contrário. (pág.16)
O letramento (literacy), enquanto prática social formalmente ligada ao uso da escrita, tem uma história rica e multifacetada (...) a escrita, enquanto manifestação formal dos diversos tipos de letramento, é mais do que uma tecnologia. Nesse sentido pode ser vista como essencial à própria sobrevivência no mundo moderno. (pág.16)
Oralidade escrita são práticas e usos da língua com características próprias, mas não suficientemente opostas para caracterizar dois sistemas linguísticos nem uma dicotomia. (pág.17)
Contudo mais urgente (e relevante) do que identificar primazias ou supremacias entre oralidade e letramentos (...) é a tarefa de esclarecer a natureza das práticas sociais que envolvem o