Operação Lava Jato
Operação Lava Jato é o nome de uma investigação da Polícia Federal do Brasil iniciada em 17 de março de 2014 para apurar um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar mais de 10 bilhões de reais. Recebeu esse nome devido ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis pela quadrilha para movimentar os valores de origem ilícita. O esquema funcionava através do cartel entre grandes empreiteiras que combinavam preços para prestar serviços à Petrobrás, tornando seus contratos superfaturados. O dinheiro superfaturado se dividia entre a Petrobrás e operadores. Tais operadores se encarregavam de repassar o dinheiro, em diferentes porcentagens, para três partidos políticos (PT, PMDB, PP). O dinheiro supostamente financiava campanhas políticas. Segundo a Polícia Federal, investigações e depoimentos apontam que partidos políticos controlavam diretorias. A Diretoria de Abastecimento era ligada ao PP (Partido Verde), tinha como diretor na época Paulo Roberto Costa, e como operadores o ex-deputado José Janene (morto em 2010) e Alberto Youssef (doleiro). Recebia 1% da propina. A Diretoria de Internacional era ligada ao PMDB, tinha como diretor na época Nestor Ceveró e Jorge Zelada, e como operador Fernando Soares. Recebia 1% da propina. A Diretoria de Exploração, Serviços, Gás e Energia eram ligadas ao PT, tinha como diretor na época Renato Duque, e como operador João Vaccari Neto (tesoureiro nacional do PT). Recebia 3% da propina.
A repercussão da devassa promovida pela Operação Lava Jato nos processos de compras e investimentos da Petrobras podem ter efeitos positivos para a estatal no futuro, a começar pelo uso mais racional de seu dinheiro. Mas, no curto prazo, o escândalo de corrupção tem o potencial de reduzir significativamente os desembolsos da estatal, e traz impactos nada desprezíveis sobre a economia brasileira. Com a queda dos investimentos e das ações no mercado internacional, os prejuízos à economia