Operação Carlota
“Em abril de 1974, exatamente no dia 25 de soldados liderados por capitães do Exército, deixaram os quartéis rumo à sede do governo. Saudados pela população, que os presentearam com cravos vermelhos e brancos, eles marchavam para derrubar uma ditadura que já durava mais de 40 anos.
Passavam 20 minutos da meia-noite quando os acordes de “Grândola, Vila Morena”, Canção, que havia se tornado um verdadeiro hino dos jovens e intelectuais contra a ditadura salazarista, começaram a tocar numa rádio de Lisboa. Era um sinal: A Revolução Começara. A poucos quilômetros de Lisboa, sob o comando do capitão Salgueiro Maia, as tropas do quartel de Santarém começaram a movimentar-se. O mesmo ocorria em vários pontos do país, quase simultaneamente.
Assim que também nos conta em seu texto, o Lincoln Secco, que com competência nos reaviva a memória com este fato histórico fantástico. A Revolução dos Cravos, complexa, contraditória e inconclusa, marcou positivamente a história daquele país (Portugal) e deixou mesmo com essas características um legado importante para os trabalhadores portugueses e em especial para as mulheres.
Mas talvez a conseqüência mais importante deste feito comemorado nesta data em boa parte do mundo, tenha sido que esta “Revolução” permitiu que vários países africanos que viviam subjugados pelo decadente, mas teimoso, imperialismo Luso, conquistasse sua independência. Decadente entre outras coisas por que as colônias, para serem mantidas como tais, através de ações do exército português, sangravam cerca de 40% do PIB ou