As operadoras de celulares lanam-se numa guerra para no perder mercado Nos ltimos tempos, as grandes operadoras de celulares do pas envolveram-se numa guerra sem trguas para tirar clientes umas das outras. Trata-se de um tipo de embate do qual, geralmente, no saem vencedores. Na maioria das vezes, todas perdem. E -- curioso perdem justamente aquilo que fazem tanto esforo para conquistar o cliente. O executivo Alberto Blanco, gerente de marketing da brasileira Oi, orgulha-se de dizer que 70 de seus milhes de assinantes so oriundos das concorrentes. Acontece que, a cada trs meses, 500.000 deles debandam para outras companhias. Na Claro, controlada pela mexicana Telmex, todos os meses 3 dos clientes so aliciados por algum tipo de promoo ou vantagem oferecido pelos concorrentes. A hispano-portuguesa Vivo, maior operadora do pas, e sua maior rival, a italiana TIM, preferem no mostrar seus nmeros de migrao. Um levantamento do instituto de pesquisa Yankee Group mostra que 26,4 dos usurios brasileiros de telefonia mvel trocam de operadora a cada ano -- um percentual muito mais alto do que os 15 nos Estados Unidos. Est se falando de um nmero de pessoas superior ao j altssimo crescimento de um setor que vem aumentando em mdia 15 milhes de clientes por ano. Para encontrar novos assinantes, as operadoras contratam agressivos servios de empresas de telemarketing. De posse de listagens, seus funcionrios costumam telefonar para os usurios do concorrente nas horas mais imprprias, apelando, inclusive, para o celular. Oferecem descontos, parcelamentos em at 20 vezes, celulares sofisticados e planos especiais em troca da migrao. Essas tticas do certo porque do outro lado da linha h algum insatisfeito. Um recente estudo do pesquisador Ronado Braga, do Ibmec, com assinantes do Rio de Janeiro mostra que 56 deles j tinham abandonado ou pretendiam abandonar sua operadora (Vivo, Oi, TIM ou Claro) sem nem sequer lhes dar uma segunda chance ou explicao. Entre os maiores motivos de