A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música. Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos , é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos. Hoje em dia, a capoeira se tornou não apenas uma arte ou um aspecto cultural, mas uma verdadeira exportadora da cultura brasileira para o exterior. A capoeira pode proporcionar aos praticantes tanto a consciência política de seu conhecimento (capital cultural), quanto o respeito da sociedade (capital simbólico) e até a possibilidade de mobilidade social (capital econômico). Capital simbólico –Conforme o praticante se insere no meio da capoeira, uma mudança importante se processa em seu interior; ele se sente detentor de um capital simbólico. Esse poder se reflete em aumento da autoestima e potencializa o poder transformador desse agente, que geralmente procura passar seus conhecimentos e experiências adiante. “Normalmente, os padrões culturais elaborados e transmitidos socialmente, por intermédio dos processos simbólicos, não só se referem ao indivíduo como também ‘aos demais’, que compartilham da existência de padrões comuns” (Machado, 2004, on line). Capital cultural-A despeito de ganhar ou não dinheiro, a capoeira retorna em benefício intangível para o indivíduo e sua coletividade. Howell (2004), a respeito de um mestre de capoeira conhecido por ‘Russo’ diz: “Russo, apesar de pobre, é um “intelectual orgânico” respeitado pela coletividade. Já foi à Europa e aos EUA como convidado de honra. Sua formação foi puramente cultural e é um exemplo do potencial sucesso da educação cultural preconizada por Paulo Freire” (p. 21). Capital econômico – o capoeira tira seu sustento fazendo shows, tocando em bandas, dando aulas, palestras, construindo instrumentos de percussão, escrevendo livros, gravando discos, preparando fisicamente atores de teatro ou cinema. Há uma infinidade de capoeiristas tirando seu sustento