ontologia do trabalho
Resumo Cap 1 – “as bases sócio-histórias de constituição da ética”
No cap 1, Maria Lúcia Barroco desenvolve acerca de como a ética consiste numa construção histórica dos homens. O que significa dizer que essa construção histórica diz respeito à prática social de homens e mulheres e as suas objetivações na vida cotidiana.
Isso acontece a partir do momento que o ser humano se diferencia dos demais seres na maneira instintiva de se relacionar com a natureza e passa a se constituir enquanto ser social que para conviver com os outros seres sociais e com a natureza cria maneiras de mediações cada vez mais articuladas e complexas. Dessa forma, ampliando seu campo de domínio e transformando sua natureza social(sociabilidade). Neste sentido, Barroco afirma que o ser social fundamenta-se em categorias ontológico-sociais, pois seus modos de ser e agir são construções sócio-históricas. A ética então, tem sua gênese na construção social do ser humano em sua relação consciente, racional e projetiva com a natureza.
Um Ponto central para a compreensão da gênese do ser social é o trabalho e como ele passa a ser o ponto de partida da humanização do homem, à medida que o homem vai tornando mais complexa a sua atuação na natureza diante das necessidades que vão surgindo e se reproduzindo.
O trabalho, ou a práxis material, no termo utilizado pela autora, não se realiza sem a capacidade teleológica do homem, que é a capacidade de idealizar o que vai ser feito, como vai ser feito e a finalidade do que vai ser feito. Então, para Barroco, o trabalho enquanto Práxis realiza um duplo movimento: a capacidade teleológica de idealizar as finalidades e os meios e através disso, criar uma realidade nova e objetiva. O que em outras palavras leva a obtenção do produto do trabalho e constituição da objetivação do sujeito que projetou o ideal e o efetuou. Esta dupla movimentação é o que possibilita que o sujeito adquira a consciência histórica. O trabalho