ONTOLOGIA DO TRABALHO
ONTOLOGIA DO TRABALHO E TRABALHO ALIENADO: A
PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL E A FORMAÇÃO DO
ALUNO TRABALHADOR
Graziela Lucchesi Rosa da Silva1
Vilson Aparecido da Mata2
Lígia Regina Klein3
Resumo
Dada a relevância destinada ao trabalho, enquanto princípio norteador de propostas governamentais para a formação escolar de trabalhadores, objetivamos, no presente artigo, analisar, sob os fundamentos do materialismo histórico-dialético e da Psicologia Histórico-Cultural, a centralidade da categoria trabalho, enquanto práxis e enquanto trabalho alienado, para a formação humana. Consideramos tal análise pertinente, uma vez que a abordagem predominante desta categoria, sobretudo em propostas pedagógicas de
Educação Profissional vinculada à Educação de Jovens e Adultos, é pouco aprofundada, esvaziando-lhe o conteúdo conceitual e não incorporando à proposta todas as conseqüências dessa adesão. Em contraposição a esta abordagem, entendemos que a compreensão da categoria trabalho é exigência irrecusável para a discussão das relações entre educação e trabalho, de modo geral, e para a formação escola do trabalhador, em específico. Tal análise possibilita a discussão das implicações e limitações à formação escolar do trabalhador na sociedade capitalista, bem como considerações para a promoção do processo de ensino-aprendizagem de jovens e adultos trabalhadores. Palavras-chave: Trabalho. Alienação. Psicologia Histórico-Cultural. Formação escolar do trabalhador.
1
Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá e doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Professora assistente do Departamento de Psicologia da
Universidade Federal do Paraná – área de Psicologia e Educação. Participa dos Grupos de
Pesquisa – CNPq “Psicologia Histórico-Cultural e Educação” e