Onde a ciência tem fronteiras e a inovação é para poucos
De acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, o programa procura atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.
O Ciência sem Fronteiras contempla 18 áreas consideradas prioritárias, e a única que possibilitava participação de alunos dos cursos de ciências humanas era a chamada Indústria Criativa. Contudo, um detalhamento de quais cursos seriam aceitos na área, realizado em novembro de 2012, excluiu todos os cerca de 24 cursos ligados às áreas humanas. Fechou-se então a única porta aberta para o campo no CsF. Agora, somente estudantes de cursos ligados a área tecnológica e biomédica podem participar do programa.
Inúmeros alunos, assim como eu, pretendiam concorrer a bolsas nesse ano de 2013, e se preparavam em cursos de língua estrangeira ou realizaram provas de proficiência, sendo prejudicados pela alteração inesperada nas regras do programa. Revoltados com a situação, no final de novembro de 2012 alguns estudantes de cursos cortados do CsF, representando mais de 2 mil