O ARTESÃO O artesão e o artesanato foram escolhidos pela dupla por causa da historia que a peça carregava. Cheia de significados envoltos em sentimentos e em conhecimento, decidimos que aquilo representaria bem o lugar em que fomos buscar o artesanato. Em Santos. O nome do nosso, agora, cliente é Claudio José Pereira. Nascido e criado em Santos, tem hoje 46 anos. Ele atua como pescador e fornece peixes para alguns quiosques a beira-mar. Durante a semana, ele coleta conchas e estrelas-do-mar e no sábado durante o dia, crias suas peças para vender na feira, de noite. Ele nos contou como começou no mundo do artesanato, aonde buscou inspiração e a alegria de ser um pescador de Santos. Segundo Claudio, aos 14 anos começou a trabalhar com o pai na pesca. Entre uma pescaria e outra, coletava as conchas e estrelas-do-mar que encontrava junto à rede. Mesmo ajudando o pai, a renda era apertada e decidiu então começar a fazer colares com as conchas que encontrava e vende-los na feira junto a uma barraca da tia. Mesmo sendo pouca, a renda extra dos colares ajudou a família a sobreviver. Com 24 ele já produzia colares, pulseiras, lembrancinhas, porta-lápis e também presilhas de cabelo. Foi quando leu sobre a corrupção brasileira e a economia do Brasil com relação aos outros países e teve o pensamento de que “A justiça brasileira estava ferida e que precisava de uma renovação”. Com seus 30 anos, escutou o filho de então oito anos falar sobre a estrela-do-mar e que ela se “arrumava” quando machucada. Aos pesquisar sobre isso, leu sobre a incrível habilidade regenerativa dês seres marítimos e então começou a nasceu a ideia de um enfeite que representasse seu desejo para com o Brasil. Lembrou-se das conchas e de sua capacidade de resistência ao tempo e durabilidade. Foi então que ele criou a frase-chave para sua peça, que considera sua obra-prima. Em suas próprias palavras:
“A base do governo Brasileiro precisa ser igual a uma estrela-do-mar, sempre que estiver ferida