Cap Tulo 1
As árvores do Vale da Lua dançavam sob a magnífica luz gloriosa da mesma. O Vale recebera esse nome porque, quando a Lua surgia grandiosamente no céu cheio de estrelas e constelações, – além de uma extensa nuvem de poeira roxa e azul que mais aparentava ser uma grande faixa que dividia o céu ao meio, cujo recebera o nome de Ponte dos Céus – O Vale da Lua, que por ficar bem no centro de toda a província, era a que mais era iluminada pela grande massa redonda, branca e luminosa acima no céu. As árvores pareciam vivas, e as ruas nunca eram possuídas pela escuridão noturna. Porém o mais magnífico era a Glicínia de Esthyr. Quando iluminada pela Lua, as folhas roxas da velha e enorme árvore oriental pareciam emitir um tipo de luz própria, como uma lamparina, e o tronco velho e robusto aparentava rejuvenescer. Todas as noites, vários cidadãos e plebeus faziam uma grande fogueira em frente a glicínia e por ali ficavam conversando, comendo, dançando, brincando, se divertindo. Vivendo. Alguns, traziam cadeiras e mesas para beberem hidromel humano enquanto jogavam Dados da Mentira, já outros formavam uma roda no chão, traziam instrumentos e só saíam dali quando o Sol começava a nascer para dar um pouco de descanso à Lua - afinal não é fácil festejar com os cidadãos quase sempre –, as criança corriam pra lá e pra cá, subiam na glicínia e faziam companhia a ela, algumas mulheres mais velhas, tanto humanas quanto mestiças, colocavam as conversas em dia, sobre o que ia e vinha e mais algumas coisas. Todas as noites eram assim, até mesmo nem o rei Geoffrey escapava quando descia para jogar Dados da Mentira em alguma das mesas. E, dentre todas as mesas, tinha uma próxima à glicínia com quatro pessoas jogando dados, e dentre essas pessoas, estava Nakyishi D’Aurora. Nakyishi era diferente dos demais ali, afinal viera de uma província vizinha quando era pequeno. Era diferente MESMO. A maioria das pessoas que viviam na