Cap Tulo 1
O quadro
A tarde de verão estava agradável, com poucas nuvens flutuando no céu azul. Lorde Henry e Basil Hallward conversavam no estúdio de pintura de
BasilACERCA de um enorme quadro com a figura de um rapaz.
— Por que você não quer expor esta tela? — perguntou Lorde Henry.
— Porque ilustra Dorian Gray — respondeu o artista.
— Então este é seu nome, DorianGray?
— Eu não devia ter dito.
— Ora, por quê?
— Quando gosto muito de alguém, não quero que os outros saibam seu nome.
Lorde Henry deu risada e disse:
— Caro Basil, seu modo de gostar é ingênuodemais. Você só conhece as TRIVIALIDADES do amor. Veja meu exemplo de homem casado. Minha mulher e eu nos enganamos praticamente toda semana. Só assim nossa relação sobrevive e só dessa forma podemosambos conhecer as glórias e as tragédias do amor.
— Você não sabe o que diz.
— Mas conte-me, como conheceu Dorian Gray?
— Numa festa na casa de Lady Brandon. Assim que o vi entre os convidados,percebi que estava diante da pessoa que mudaria minha vida e minha arte para sempre. Tentei ir embora, fugir. Tive medo, pois sabia que, a partir— Caro Basil, seu modo de gostar é ingênuodemais. Você só conhece as TRIVIALIDADES do amor. Veja meu exemplo de homem casado. Minha mulher e eu nos enganamos praticamente toda semana. Só assim nossa relação sobrevive e só dessa forma podemosambos conhecer as glórias e as tragédias do amor.
— Você não sabe o que diz.
— Mas conte-me, como conheceu Dorian Gray?
— Numa festa na casa de Lady Brandon. Assim que o vi entre os convidados,percebi que estava diante da pessoa que mudaria minha vida e minha arte para sempre. Tentei ir embora, fugir. Tive medo, pois sabia que, a partir daquele momento, iria viver horas de muita alegria,mas também de muita angústia. Lady Brandon me puxou de volta para a festa, indo justamente me apresentar a Dorian Gray.
— O que foi que ela disse?
— “Este é o sr. Gray. Esqueci o que ele faz...acho que toca piano. Ah não! Deve ser violino!” Nós dois demos risada e