Olhares e leituras contextualizados em espaços culturais
No Brasil, o maior sucesso era Ritchie com sua Menina Veneno. A banda Blitz estava A Dois Passos do Paraíso e Tim Maia tinha duas canções bombadas no repertório: Dê-Me Motivo e Vale Tudo, esta gravada com Sandra de Sá. Elba Ramalho se esbaldava em seu Banho de Cheiro enquanto Ney Mato Grosso torcia Pro Dia Nascer Feliz.
Muitas das canções que faziam sucesso nos anos 80 continuam agradando o público ainda hoje, assim como os instrumentos musicais acústicos – violões, baterias, pianos e sopros - que não apresentaram muitas modificações nos últimos 30 anos. Já no que se refere- às tendências musicais, demais instrumentos e aparelhos eletrônicos, muita evolução pode ser notada nestas três décadas. A tecnologia trouxe para o setor musical novos elementos e também desafios.
Nos anos 80, o LP respondia por 59% das vendas, hoje representa apenas 1,3%. O sucessor do vinil, o CD, tem 49,1% do mercado e vem perdendo espaço dia após dia para os downloads legais e serviços de música online. Há 30 anos poucos imaginariam que um dia comprariam música pelo celular.
“Em termos de instrumentos e equipamentos, nos anos 80 a reserva de mercado restringia muito o trabalho dos músicos brasileiros, que tinham à disposição produtos de fabricação nacional com preços altos e qualidade inferior aos encontrados fora do País”, conta NorthonVanalli, técnico em produto da Sonotec, empresa responsável por trazer ao Brasil instrumentos de cordas, percussão e acessórios de marcas mundiais como Takamine, Strinberg, Gretsch, Ovation, Karsect, Genz-Benz, entre outras. Nos anos 90, a abertura de mercado trouxe profundas mudanças