Arte nas escolas
Julmara Goulart*
Resumo
Este artigo propõe uma reflexão a respeito do ensino da Arte na Educação Infantil, mais especificamente sobre a possibilidade de se trabalhar nessa área segundo as tendências contemporâneas, as quais enfatizam, cada vez mais, o conhecimento. Trata-se de uma experiência de estágio numa classe com alunos de quatro a cinco anos.
Palavras-chave: ensino da arte, educação infantil, metodologia, arte e conhecimento. *
Acadêmica da sétima fase do Curso de Artes Visuais da UNESC, sob a orientação da Profa Dra. Elizabeth Milititsky Aguiar. E-mail: juma_goulart@ig.com.br.
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Introdução Introdução
As Artes podem contribuir para desenvolver criticidade, sensibilidade e criatividade, durante o processo de aprendizagem da criança, desde a mais tenra idade. Para alcançar esse objetivo, porém, o ensino formal deve estar fundamentado na aproximação da criança com o mundo artístico. A partir do final dos anos 80 e da década de 90, autores como Brent Wilson (1989), Ana Mae Barbosa (1991) e Elliot Eisner (1991) apresentaram a idéia de que o ensino bem orientado da Arte pode preparar os diversos segmentos humanos a desenvolverem sensibilidade e criatividade por meio da compreensão desse universo (BARBOSA, 1991). Para que isso aconteça, é necessário que o professor seja um pesquisador, um profissional que busque a contextualização do assunto trabalhado, procurando mostrar as produções artísticas da humanidade como produtos de um contexto social e histórico. A prática do professor precisa ser constantemente revista, em cada um dos experimentos realizados em sala de aula, pois a pesquisa que se aplica adequadamente à Educação, conforme nos fala Dickel (1998, p. 57), é aquela que
(...) desenvolve teoria que pode ser comprovada pelos professores. É nesse contexto que se faz necessário o professor como pesquisador, movido por indagação sistemática, tornando a sua prática da