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Apesar dos avanços tecnológicos a partir da Revolução Industrial e das constantes produções de conhecimento que tem acontecido hoje de forma interdisciplinar, ainda continua preocupante a discussão sobre saúde em tempos atuais. A saúde se encontra em crise no que se refere à presença de diversas doenças e epidemias. Além disso, a saúde não pode ser vista de forma minimizada apenas do aspecto biológico, mas sim de forma ampliada, considerando as condições sócio-econômicas, culturais, comportamentais, ecológicas e políticas de cada população. Sendo assim, como pensar a saúde de um indivíduo, se ele não tem assistência social, acesso adequado e de qualidade à alimentação, habitação, educação, saneamento básico, lazer, trabalho, entre outros? Assim sendo, analisar e conceituar saúde a partir de tais aspectos e através dos cálculos dos dados é apresentá-la como uma concepção bastante precária, sem levar em considerações outros aspectos inerentes aos seres humanos. É necessário observar além dos aspectos biológicos, o contexto sócio-econômico, histórico, cultural e político do indivíduo.
Em 06 de março de 1997 no Brasil, a Educação Física, através da Resolução n° 218, foi inserida como uma das 13 profissões da área de Saúde (BRASIL, 1997). Em contrapartida, em sua atuação profissional tem-se percebido que conceitos simplistas e reduzidos são tomados como únicos no campo da saúde. Reduzido-a somente a fatores biológicos ligados a exercitação corporal. Partindo deste pressuposto histórico, a Educação Física ficou restrita a “biologização” do movimento, isto é, através das práticas da atividade física relacionada à beleza corporal, aptidão física, equilíbrio funcional dos órgãos, dentre outros. A partir desse período as práticas da