Observações sobre o amor transferencial
AMOR TRANSFERENCIAL
Belo Horizonte, novembro de 2014
Amor Transferencial
Em primeiro lugar é provocado pela situação analítica; em segundo, é grandemente intensificada pela resistência, que domina a situação; e, em terceiro, falta-lhe em alto grau de consideração pela realidade, é menos sensato, menos interessado nas consequências e mais cego em sua avaliação da pessoa amada do que estamos preparados para admitir no caso do amor normal. Não devemos esquecer, contudo, que estes afastamentos da norma constituem precisamente aquilo que é essencial a respeito de estar enamorado. (FREUD,
1915)
Caso relatado
Uma paciente demonstra, mediante indicações inequívocas , ou declara abertamente, que se enamorou, como qualquer outra mulher mortal poderia fazê-lo, do médico que a está analisando.
Como lidar?
Manter
uma união legal e permanente com a paciente?
Ou
se separarem e abandonar o tratamento? Como lidar?
Considerando
o segundo desfecho: Após a paciente ter-se enamorado de seu analista, eles se separam, o tratamento é abandonado. Mas logo o estado da paciente a obriga a procurar por outra tentativa de análise, com outro analista.
O mesmo acontecerá com o segundo, com o terceiro, e assim por diante.
O enamoramento para a paciente Desistir
do tratamento psicanalítico;
Aceitar enamorar-se de seu analista;
O início de um relacionamento ilícito e sem permanência duradoura.
O enamoramento para a paciente O enamoramento segundo Freud não possibilita vantagens para o tratamento, perde a compreensão do tratamento e o interesse por ele, e não fala ou ouve nada a não ser seu amor determinando retribuição. O enamoramento para a paciente Vinculados
ao enamoramento: Os esforços da paciente em certificar-se de sua irresistibilidade, em destruir a autoridade do médico rebaixandose ao nível de amante e em conquistar todas as outras vantagens prometidas que são