Observação em enfermagem
Observar é permitir que as coisas passem por nós sem que tentemos detê-las ou ter controle sobre elas. É aceitar experiências passadas, circunstâncias, comportamentos sem se confundir com eles. A observação é a chave que abre a compreensão de quem somos, do que importa verdadeiramente, do caminho a seguir.
Há citações desde Nightingale no século passado, demonstrando sua preocupação com o treinamento do profissional - “A mais importante lição prática que pode ser dada aos enfermeiros é ensiná-los a observar - como observar - que sintomas indicam melhoras - quais significam o inverso - quais são de importância - quais não o são - quais são as evidências da falta de cuidados - e de que espécie de falta”.
OBSERVAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE ENFERMAGEM
A observação é uma capacidade não apenas humana, desde que o mundo é mundo. No cotidiano, é uma das formas mais usadas pelo homem para conhecer e compreender pessoas, coisas, acontecimentos e situações. É o meio básico de se conseguir informações.
Ao verificarmos o tempo para decidir sobre o uso de um guarda-chuva, observarmos o trânsito para decidir quando atravessar uma rua, ou observarmos a atuação de um aluno e mesmo de um funcionário no trabalho, essa observação tem sentidos ou objetivos diferentes. Há, porém, um ponto comum em todos esses momentos - é o ato de se obter informações para se tomar decisões, após o julgamento de uma situação.
O ato de observar é indispensável para que nos tornemos conscientes da realidade em que estamos inseridos. Na enfermagem, a observação passa a ser valorizada a partir de Florence Nightingale, em 1859. Este procedimento consiste no primeiro passo para execução de todos os cuidados de enfermagem.
Segundo Horta, observação é a ação ou efeito de observar, isto é, olhar com atenção para examinar com minúcia, mas pode ser influenciada pelas experiências, expectativas, motivações e emoções, podendo alterar o resultado das observações.
No Brasil, HORTA os denominou de