OBSERVAÇÃO EM ENFERMAGEM
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O QUE DIZEM OS ENFERMEIROS SOBRE OBSERVAÇÃO
Virginia Visconde Brasil*
BRASIL, V.V. O que dizem os enfermeiros sobre Observação. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 5, n. 3,
p. 83-94, julho 1997.
Este estudo teve por objetivo caracterizar o que os enfermeiros docentes e assistenciais entendem por Observação na sua atuação profissional. Foram realizadas entrevistas com 11 profissionais, e para análise os dados foram agrupados em categorias. Foi possível identificar a importância que lhe atribuem, como instrumento essencial na administração da assistência de enfermagem, no levantamento de dados no planejamento das intervenções assim como na avaliação dos resultados.
UNITERMOS: observação, enfermagem, instrumento básico de enfermagem
A reflexão que se faz sobre “o agir” na
Enfermagem, nos leva a uma série de questionamentos sobre como processá-lo. Muitas vezes “agimos” e não sabemos porque o fizemos. Fazemos de uma forma que
“todos sempre fizeram”, sem parar para refletir antes, e nem depois. Parece que não há uma sistematização, e provavelmente, se algo não sai como o esperado, dizemos que foi obra do acaso, sem uma reflexão consciente sobre o nosso agir profissional.
O caminhar da ciência, entretanto, não aceita mais este tipo de atitude, colocando de lado aqueles que não agem com o rigor que requer o agir profissional. Sob esta ótica, surge a necessidade do enfermeiro ter o conhecimento que lhe instrumentaliza a ação. A base de sua atuação encontra-se alicerçada no conhecimento do ambiente que o cerca, bem como no domínio de um saber científico próprio, direcionado para a sua atuação de forma organizada e sistematizada.
Neste contexto, surge a preocupação com o estabelecimento do instrumental necessário para o desempenho profissional - qual seria o conhecimento e as habilidades a serem desenvolvidas que capacitariam o indivíduo a