OBSERVAÇÃO DA EJA NOS MOVIMENTOS SOCIAIS
INTRODUÇÂO
Fala-se tanto em educação de jovens e adultos, mas o que é isso? É uma educação para os jovens e adultos? É uma ação compensatória para quem foi marginalizado pelo sistema educacional? É mais um dos programas de governo que tenta melhorar a reputação do Brasil perante os organismos internacionais ou será apenas uma maneira de acalmar a sociedade que reivindica melhores condições sociais? (PAZ, 2003)
A educação de adultos foi sempre alvo de lutas intensas entre os interesses dos governos diante dos vários movimentos que apareceram no decorrer de sua história.
Da segunda metade do século XX até os dias atuais, é possível dividir sua história em antes, durante e depois da ditadura militar.
Durante o governo populista (1945 - 1964), desde o final dos anos 50, o país vivia a efervescência na educação de adultos principalmente por parte da sociedade civil.
Em 1958, acontece o II Congresso Nacional de Educação de Adultos, considerado um marco na área. O evento mostrou a variedade de posições ideológicas dos participantes sobre reavaliação, teorização e metodologia para educação de adultos. Neste evento esteve presente Paulo Freire apresentando seu relatório “A Educação de Adultos e as Populações Marginais: o Problema dos Mocambos”.
Dando origem à noção de “Educação Popular”, Freire defendia e propunha que a educação viesse estimular a colaboração, a tomada de consciência social e política para uma participação crítica do sujeito em sua realidade.
Três características distintas que diferenciam a educação regular da Educação de Jovens e Adultos (EJA): a condição de não-criança, a condição de excluídos e por pertencerem a um determinado grupo cultural (coleção “Tendências em Educação Matemática”)
- Porque a condição de não-criança? Porque estar em uma faixa etária acima de 14 anos caracteriza o individuo como jovem ou adulto. Inserir estes alunos em uma sala de aula com alunos que estão em uma idade