OBM A Empresa Como Um Livro Aberto
É a regra número um da gestão. Jogar na transparência, envolver os colaboradores nos objetivos da empresa, não esconder os números, e recompensá-los pelos seus esforços e em função da performance da empresa. O «open-book management» está a transformar-se numa das «buzzwords» do ano.
Por JOHN CASE
As empresas que praticam o que eu cunhei de "gestão de livro aberto" partilham amplamente a informação financeira com o seu pessoal. Mas o «open-book management» (OBM) de que falo não é meramente um conjunto de técnicas para disseminar a informação. É uma abordagem sistemática para gerir o negócios de um novo modo, e implica mudanças importantes na forma de operar de uma empresa. Adoptem esta abordagem e ver-se-ão a fazer planeamento e orçamentação de um modo completamente diferente. Dar-se-ão conta de uma nova óptica de encarar os relatórios financeiros.
Descobrirão que têm de dar formação diferente aos vossos empregados e que terão de rever provavelmente todo o vosso esquema de prémios e compensações.
As pessoas nas empresas convencionais, mesmo que muito bem pagas, em geral encaram-se como "assalariadas". A sua missão é trabalhar em conformidade com o que está definido na sua categoria, ou contrato de trabalho, ou com o que o patrão manda. Pelo contrário, nas empresas que praticam o OBM, os empregados veem-se como homens de negócios.
De facto, tenha disso ou não consciência, toda a gente que trabalha numa dada empresa, a pratique ou não o OBM, está envolvida no negócio. A questão crucial é saber se as pessoas se encaram como tal - se sabem por que as coisas acontecem e o que deverão fazer. Ou, pelo contrário, se são meros assalariados, inevitavelmente vítimas de acontecimentos que não percebem. Eis, em suma, a razão de ser deste livro.
A doença da época - o cinismo
A performance da empresa não era assim tão importante até há uns anos atrás. Até por volta de 1980, bastava a uma empresa ser a maior no mercado, ou a mais velha, ou a mais