Nós e hume
Podemos dizer que a moral é uma construção humana. Mas como o ser humano é um ser social e a sociedade sofre muitas transformações ao longo do tempo, também podemos inferir que, além de possuir um caráter social, possui um caráter histórico. Com isso, quero dizer que, os sistemas morais não são fixos, muito menos imutáveis – pois estão sempre relacionados com mudanças histórico-sociais. Basicamente, os sistemas de moralidade se fundamentam em valores como o bem e a liberdade – o conceito de bem e liberdade varia historicamente – dando origem a concepções diversas de moralidade e ética. Assim, também poderíamos inferir que vício e virtude são conceitos atrelados ao tempo e ao espaço. De maneira sucinta, vejamos a concepção de ética e moral do ponto de vista de David Hume e da experiência vivida em sala de aula articulando e exercitando seus conceitos. Para Hume, a moral depende essencialmente dos nossos sentimentos – o que se distingue de outras teorias que fazem referencia a vontade de Deus. A teoria de Moral de Hume depende da distinção e articulação entre três atores psicologicamente distintos: O Agente Moral, aquele que exerce determinada ação; o Paciente Moral, aquele que sofre essa ação; e por fim, mas não menos importante, o Expectador é aquele que observa e pode aprovar ou desaprovar a ação do agente. Diante disso, fizemo-nos passar por cada um desses atores em sala de aula. Em uma primeira etapa, produzimos questões para serem respondidas, exercendo assim a função do Agente moral. Nossas questões foram baseadas no nosso senso de justiça (caracterizado por Hume como uma virtude artificial, já que dependemos da mesma para viver em harmonia social), podendo ser respondidas por qualquer um que havia estudado os textos. Seguinte a essa etapa, respondemos questões de outro grupo, fomos então Pacientes Moral. Nesse segundo momento, aflorou em nosso meio a noção de bem e mal (mesmo que não seja possível defini-las). Pudemos