hume

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2) Hume através de exemplos tenta provar que as causas e os efeitos não podem ser conhecidos pela razão e sim pela experiência. Tudo o que sabemos origina-se na experiência, é sempre particular e provém da indução, porém esse conhecimento é influenciado pelo hábito. Assim aquele que nunca jogou e tão pouco ouviu falar em brilhar, se é posto diante de uma mesa deste jogo não vai ter uma noção pré-concebida (racionalmente) da maneira como este ocorre. Poderia esperar que a bola batesse na outra e voltasse para trás, por exemplo. Somente pelo exercício da experiência é que ele provaria a certeza do jogo. Ele mostra que todo efeito é uma ocorrência distante de sua causa, por tanto não há aí um vínculo que implique necessidade que tal coisa ocorra como ocorrera antes. Não temos prova de que o passado é causa do futuro, ou seja, não há nada no passado que implique o futuro. Retomando o exemplo do jogo de bilhar, se não consultarmos a experiência podemos considerar seu efeito arbitrário, porque ao jogar poderíamos imaginar que uma bola, ao bater na outra poderia pular, ou então, ambas ficarem paradas. Nenhum raciocínio a priori nos levaria a verdadeira caminhada da bola de bilhar enquanto não tornamos a realidade da experiência do jogo.
3) Todo raciocínio experimental, pelo qual do presente se conclui o futuro (a água vai ferver, a barra de metal vai se dilatar, amanhã fará dia etc.), repousa nesse princípio de causalidade. a) Consideremos, de início, a experiência externa: vejo que o movimento de uma bola de bilhar é seguido do movimento de outra bola com que a primeira se chocou, assim como vejo que o aquecimento é seguido da ebulição: vejo, então, que o fenômeno A é seguido do fenômeno B . Mas o que não vejo é o porquê dessa sucessão. É certo que posso repetir a experiência e que, cada vez em que a repito, o fenômeno B se segue ao fenômeno A . Mas isto não esclarece nada. A repetição constante de um enigma não é o mesmo que sua solução. Vejo bem que, entre os

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