Hume
GILBERTO LEAL
IDEIAS E IMPRESSÕES (DAVID HUME)
SÃO PAULO
2015
Para David Hume, tudo o que conhecemos é empírico. Com isso, Hume quer mostrar que só conhecemos algo através da experiência, e que estas experiências estão ligadas a percepção.
A percepção se distingue em duas espécies: ideias e impressões. As ideias são imagens enfraquecidas produzidas pela memória a partir das impressões. Já as impressões são as percepções originárias, que se apresentam com maior vivacidade, como as sensações e emoções, e são tomadas no imediato.
Para Hume, a percepção no faz enxergar as coisas de forma diferente, ou seja, como podemos chegar ao conhecimento dos objetos que nos são apresentados no nosso cotidiano.
Ideias podem ser confundidas com impressões. Isso ocorre porque a diferença de graus de força não implica uma distinção ontológica entre nossas percepções, ou seja, para Hume aquela ideia que tenho do vermelho formado no escuro e a impressão que atinge nossos olhos sob a luz do sol diferem apenas em grau e vivacidade, e não em natureza.
Surge então o primeiro princípio da filosofia de Hume, chamado de princípio da cópia. As ideias nunca podem chegar a alcançar o grau de conhecimento alcançado pelas impressões, por serem cópias da mesma.
Quando refletimos sobre nossas sensações e impressões passadas, nosso pensamento é um reflexo fiel e cópia desses objetos com vivacidade, porém as cores que emprega são fracas e embaçadas em comparação com aquelas que revestiam nossas percepções originais. (HUME, 1996)
Hume rejeita totalmente a existência de ideias inatas, estando de acordo com a teoria de Locke: a ideia é um dado secundário (a posteriori) resultado da imaginação.
Existem impressões e ideias simples e complexas. As simples são indivisíveis, que não admitem distinção ou separação, já as complexas são agrupáveis e divisíveis, ou seja, podem ser distinguidas em partes.
A divisão dos