nós cheguemu na escola e agora
ESCOLA, E AGORA?
BORTONI-RICARDO, S. M.
2005
A língua portuguesa no Brasil
• Instituição social
• Variáveis extralinguísticas
• Dialetação regional (horizontal) e social
(vertical).
A língua portuguesa no Brasil
Uma análise da situação da língua portuguesa no
Brasil implica a consideração de diversos fatores:
• Dualidade linguística;
• Fluxos migratórios do século XX;
• Contemporaneidade de estágios diversos de desenvolvimento; • Tendência emancipatória da literatura brasileira moderna.
Conforme Mattoso Câmara Jr. (1975b), as discrepâncias entre as duas normas decorrem essencialmente de se achar a língua portuguesa em dois territórios nacionais distintos e separados. O português falado no Brasil em zonas urbanas é resultado de um compromisso entre os múltiplos dialetos portugueses falados pelos colonos, procedentes das diversas províncias de Portugal, que, postos em contato, tenderam a homogeneização linguística, com redução das particularidades mais típicas.
As principais discrepâncias entre as modalidades urbanas do português brasileiro e o de
Portugal ocorrem principalmente na fonologia e no léxico, embora haja também traços sintáticos distintos entre elas.
Com relação aos vernáculos rurais, por outro lado, observa-se um maior distanciamento da norma portuguesa, pois nessas modalidades foi, possivelmente, mais acentuada a influência do adstrato indígena e do pidgin falado pelos negros entre si e nos seus contatos com a população branca e mestiça.
Do pidgin temporário é possível que essas populações interioranas tenham evoluído para a adoção de uma variedade linguística em que já se achavam presentes todas as oposições fundamentais que, segundo a linguagem coseriana, caracterizam o sistema da língua portuguesa. Considerando insuficiente a dicotomia “língua e fala” proposta por Saussere, Eugen Coseriu propõe um tripartição entre sistema, norma e fala.
Fala
• Atos linguísticos concretamente registrados. Norma
• Representa um