Não sei
Malagodi, Edgard A. e Quirino, Eliana G. (Universidade Federal da Paraíba,
Brasil) Sabourin, Eric (CIRAD, França/Universidade Federal da Paraíba, Brasil)
O presente texto procura discutir a relação entre agricultura familiar e meio ambiente, procurando entender como este importante segmento de produtores rurais se comporta face aos modelos agro-ambientais, ou seja, como desenvolve suas atividades dentro das opções de comportamento na relação com a terra e água. Pesquisas anteriores,revelam que a degradação ambiental tem acentuado as dificuldades de reprodução, destes agricultores. (Quirino & Malagodi, 1998) A erosão, a perda da fertilidade natural, do solo e a perda da capacidade de auto-recuperação da fertilidade da terra são fatores que tornam este segmento ainda mais vulnerável às intempéries climáticas e aos desafios do mercado de produtos agropecuários. Isto porque a perda de fertilidade natural ou a decadência produtiva da terra obrigam os agricultores a compensar esta queda na fertilidade com a intensificação do próprio trabalho ou com o aporte de recursos extras, que são, aliás, bastante escassos para este tipo de produtor. A degradação ambiental constitui assim uma das mais fortes ameaças à sustentabilidade da agricultura familiar. (Malagodi, 1999)
O Brejo Paraibano, dentro do Agreste, é uma região onde a agricultura familiar se destaca sobre os outros sistemas agrários. Neste sentido, a economia regional e o próprio Estado da Paraíba dependem do desempenho deste importante segmento rural.
No entanto, as políticas agrícolas raramente contemplam as especificidades deste setor. Daí a importância da pesquisa científica debruçar-se sobre os vários aspectos da agricultura familiar, particularmente aqueles que se revelam como fatores determinantes da sua viabilidade.
Nas últimas décadas tornou-se intenso o debate sobre os efeitos negativos do uso de adubos químicos e de agrotóxicos sobre o