nutrição e promoção da saúde
O termo promoção da saúde não é recente. Vários autores o relacionaram às condições de vida e segundo Leavell & Clark ¹ a medicina preventiva compreende três níveis de atenção e a promoção da saúde seria o primeiro deles, relacionada à saúde e bem-estar das pessoas. Nos últimos vinte anos ela aparece como estratégia no campo de Saúde Pública como resposta à crescente medicalização, baixa eficiência dos serviços de saúde e altos custos. Na década de 70 o conceito de promoção da saúde emerge no Canadá, Estados Unidos e Europa Ocidental e em 1978 a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece a meta Saúde para Todos no Ano 2000, reafirmando o conceito de saúde como completo estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença. Isso serviu de alicerce para o movimento atual de promoção da saúde. Na Carta de Ottawa, 1986, foram definidas cinco áreas prioritárias de ação em promoção da saúde: políticas públicas saudáveis, criação de ambientes saudáveis, reforço à ação comunitária, desenvolvimento de habilidades pessoais e reorientação dos serviços de saúde, bem como os pré-requisitos para a saúde: paz, educação, moradia, alimentação, renda, ecossistema saudável, justiça social e eqüidade. Assim, a noção de promoção da saúde se aproxima da idéia de qualidade de vida, favorecendo a superação de impasses importantes no campo da Saúde Pública. Dentre eles, os desafios relacionados ao modelo biomédico dominante, reducionista, fragmentado, que não responde às demandas atuais de saúde. O movimento pela promoção da saúde no Brasil teve destaque em 1986, sendo reforçado em 1988 pela Constituição Federal e desde então tem sido feitos programas pelo Ministério da Saúde favorecendo a inclusão do tema da promoção na agenda política de saúde do país. Nesse contexto, a alimentação e nutrição, sendo direitos fundamentais, fazem parte da proteção e promoção da saúde. Na Declaração de Adelaide, 1988, devem