Nutrição Parenteral
Podem ser utilizadas duas vias de administração para a alimentação parenteral que são a periférica e a central. Na via periférica só podem ser administradas soluções hipoosmolares, hipoconcentradas e as gorduras. Já na via central há a infusão de soluções hipertônicas de glicose e proteínas, vitaminas, entre outros.
A Nutrição Parenteral é indicada para pacientes com trauma, fístulas enterohepáticas, insuficiência hepática, insuficiência renal aguda, pancreatite aguda e enteropatias inflamatórias. O trauma leva a um estado hipermetabólico e, as calorias perdidas podem ser supridas através de emulsões lipídicas. Pessoas com fístulas enterocutâneas necessitam da NP para recuperar o estado nutricional. Na insuficiência hepática o metabolismo de todos os nutrientes encontra-se alterado, inclusive das proteínas, logo para esses pacientes são fornecidas altas concentrações de aminoácidos ramificados e baixa concentração de aromáticos. A insuficiência hepática é caracterizada pela retenção nitrogenada e hiperosmolaridade, entretanto, a solução proteica fornecida é de apenas 15g de aminoácidos mantendo assim o equilíbrio metabólico com os carboidratos. Em pacientes com pancreatite aguda, a emulsão lipídica deve ser utilizada com cuidado (10% VCT), e as soluções devem ser hiperglicídicas e hiperproteicas para fortalecer aporte calórico. No caso de enteropatias inflamatórias há necessidade de repouso, redução de secreção e motilidade intestinal, porém a desnutrição deve ser controlada para que os resultados da cirurgia sejam satisfatórios. Há três indicadores que apontam os pacientes de riscos, indicando a necessidade de submetê-lo a NP, que são: perda de 10% ou mais peso