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Par1 Introdução: Thamiris Lima
Popularmente conhecida como “cegueira dos rios” ou “mal do garimpeiro”, a enfermidade chama-se oncocercose. Trata-se de uma doença parasitária, causada pelo verme Onchocerca volvulus, que se aloja no sistema linfático humano após a picada do simulídeo. O mosquito transmissor é conhecido na região amazônica como pium. Em outras regiões do País, é chamado de borrachudo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 99% dos casos de oncocercose (17 milhões ao total) registrados no mundo ocorrem na África. Esta doença foi observada pela primeira vez em Gana, no ano de 1875. Já no Brasil, essa doença foi detectada apenas em 1967.
A doença passou a ser chamada popularmante de “doença dos rios”, porque o pium, mosquito transmissor, se reproduz nas águas dos rios.
A epidemia da doença começou em 1991, quando os Ministérios da Saúde da Colômbia, Brasil, Venezuela, México, Guatemala e Equador assinaram um tratado para o combate efetivo da doença.
No final de 2011, a organização divulgou as últimas informações sobre a infestação nos países em questão. Os dados constatam a presença de casos de onconcercose apenas na Venezuela e no Brasil, revelando que após 20 anos, entre os 14 focos espalhados pela América Central e do Sul, somente dois países ainda não eliminaram o problema.
Vindas dos Navios
A onconcercose infiltrou-se nas Américas com a chegada dos escravos africanos, no início do século passado. Dados da Oepa destacam que há, pelo menos, 18 milhões de indivíduos infectados no mundo, a maioria (99%) em países Africanos. Esta é a segunda doença que mais causa cegueira no mundo, atrás apenas do glaucoma.
Nas primeiras décadas de proliferação da doença em países africanos, mais de 50% da população ficava cega antes dos 50 anos, por conta da infecção. Segundo a OEPA, em gerações passadas as crianças do continente africano eram educadas a considerar o fato com uma etapa normal do futuro.
Epidemeologia
Há 18 milhões