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Para o domínio da língua materna, é preciso que não se façam experiências com nossos alunos, ou seja, transformar nosso aluno numa simples experiência de como ensinar a língua materna, pois se o experimento fracassa não se desperdiça amostras de materiais, mas sim vidas, projetos, sonhos inteiros. Para isso precisa-se de uma preparação por parte dos professores, para obter o domínio do ensino da língua portuguesa, não só esperam teses prontas dos pesquisadores mas correm atrás de conteúdos e práticas, mas para isso é preciso que a concepção de língua e de ensino na escola mude, teses transformadas em práticas resultará na melhor qualidade de ensino.
O principal princípio para o autor é que o objetivo da escola é ensinar o português padrão, ou seja, criar condições para que ele seja aprendido. A tese de não ensinar o português padrão reflete o preconceito de que seria difícil aprender o padrão, pela complexidade do dialeto. As razões por qual não se aprende, ou se aprende mas não o uso vem de valores sociais dominantes e valores culturais, pois nota-se que a língua falada por classes mais privilegiadas são as certas, e as classes populares seu dialeto seria desvalorizado.
Dentre as teorias que não defendem que a função da escola é ensinar o português padrão, são duas as mais relevantes, uma é de natureza político-cultural e outra de natureza cognitiva. A tese político-cultural, diz que é uma violência, uma injustiça, impor para um grupo social os valores de outro grupo, dado que a língua padrão é o dialeto das camadas sociais mais favorecidas, como se fosse o único dialeto válido, seria uma violência cultural. O equívoco, é de não perceber que os menos favorecidos socialmente tem a ganhar com o domínio de outra forma de falar e escrever. A outra tese é a de natureza cognitiva, que consiste em imaginar que cada falante ou cada grupo de falantes só pode aprender a falar um dialeto (ou uma língua). Supõe-se que o