Nova Língua Padrão
É claro que pessoas cujo ofício é escrever textos formais tendem a obedecer à norma padrão. O que nem sempre acontece. Se compararmos o que preconizam as gramáticas e o que os textos formais efetivamente apresentam, encontraremos as seguintes situações:
a) textos que seguem estritamente a gramática normativa, chegando por vezes a ser pedantes, com construções como "fá-lo", "pô-lo-ia", etc. São bastante comuns na área jurídica;
b) textos que flexibilizam as regras da norma padrão por razões estilísticas (no caso da literatura, por exemplo) ou por exigências de mercado (isto é, para atender às expectativas do público-alvo). Neste caso, muito comum na publicidade e no jornalismo, procura-se escrever de modo elegante e culto, mas evitando o pedantismo de uma observância estrita ao padrão;
c) textos que flexibilizam as regras da norma padrão por ignorância do redator: neste caso, muito frequente hoje em dia, erra-se tentando acertar, como quando se emprega a ênclise, tida como mais correta, em contextos em que o próprio padrão exige a próclise. Ou quando se usa o infinitivo pessoal quando o recomendável seria o impessoal (as pessoas preferem pecar por excesso de concordância do que por falta!).
Na prática, há uma tensão entre