Notas de o Nascimento da Tragédia
1.
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Mas também o triste e o melancólico.pag. 36
Pag. 37
pag. 38.
No mesmo capítulo descreveu-nos
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Termos de uma oposição central que toma como referência as divindades superiores da Antiguidade grega: Apolo e Diónisos. Os órficos foram os primeiros a ensinar que todos os deuses se resumiam a um só, embora existisse uma dupla crença em duas entidades universais: por um lado, Diónisos, aquele que apagava toda a mancha de pecado; por outro lado, Apolo, aquele que libertava do corpo, uma vez que todo o corpo é um túmulo. Em A Origem da Tragédia (1872), Nietzsche retoma esta dualidade, demonstrando que o apolíneo e o dionisíaco são conceitos antitéticos, mas de uma espécie dialéctica necessária à existência de todos os homens: "a evolução progressiva da arte resulta do duplo carácter do espírito apolíneo e do espírito dionisíaco, tal como a dualidade dos sexos gera a vida no meio de lutas que são perpétuas e por aproximações que são periódicas." (A Origem da Tragédia, 5ªed., trad. de Álvaro Ribeiro, Guimarães Ed., Lisboa, 1988, p.35). Nietzsche tentou mostrar que a transcendência extática dionisíaca foi tão necessária aos helénicos como o melífluo culto apolíneo. Chega inclusive a retratar Diónisos como o mais impressionante símbolo do génio humano, sempre aspirando à transmutação, no que se opõe à auto-capitulação eternamente sofredora dos cristãos em sinal de mesura servil para com a divindade em troca de segurança e protecção. Apolo e Diónisos são os dois deuses superiores da epifania principal celebrada em Delfos. Parece terem formado uma aliança de soberania já que ambos são idolatrados, surgindo na vida extraordinária dos antigos gregos como o eterno conflito entre a noite e o dia, o claro e o escuro, a água e a terra, o ar e o fogo. Como forças contrárias, equivalem de certa forma à oposição Yin/Yang, se ao apolíneo fizermos corresponder o princípio Yang, sobretudo nas