No caminho de Swann
No caminho de Swann é o primeiro de um ciclo de sete volumes que conta a história de um aprendizado, que é vasto e complexo como a vida. Marcel Proust publicou-o em 1913, sendo que No caminho de Swann é dividido em três partes:
Combray, Um amor de Swann e Nome de terras: o nome.
Em Combray, cidade do campo, afastada de Paris, acompanhamos as lembranças do narrador. Inicialmente ele é um jovem muito frágil, que cobra a presença da mãe para dormir, principalmente nos dias em que sua família recebe a visita do sofisticado
Sr. Swann, pai de uma filha da mesma idade que o narrador.
Certo dia a mãe do narrador oferece-lhe no inverno uma xícara de chá e uma memória involuntária invade o seu pensamento Através do gosto do chá o narrador lembra-se do gosto do pedaço de madalena que tia Léonie oferecia nas manhãs de domingo em Combray. “E mal reconhecia o gosto do pedaço de madalena molhado em chá que minha tia me dava (embora ainda não soubesse, e tivesse de deixar para muito mais tarde tal averiguação, por que motivo aquela lembrança me deixava tão feliz)”
(p.74)
O narrador é tomado por uma serie de lembranças nas quais tia Léonie é citada.
Percebemos dentre as citações que os dias na casa de sua tia-avó Léonie, são marcados por dados a conversões e passeios. Em certo momento o narrador lembra-se de algumas características de tia Léonie sendo estas as de que falava sozinha e não dormia.
No quarto próximo, ouvia minha tia falar sozinha a meia-voz. Sempre falava muito baixo, porque supunha ter dentro da cabeça alguma coisa de quebrado e flutuante, que ela poderia deslocar-se falasse muito alto, mas nunca permanecia muito tempo, mesmo sozinha, sem dizer alguma coisa, porque julgava que isso era bom para a garganta e, impedindo que o sangue ali parasse, tornaria menos freqüentes as sufocações e angustias de que sofria e depois, na inércia absoluta em que vivia, emprestava a suas mínimas sensações uma importância extraordinária; dotava-as de