Marcel Proust. Nele o autor conta a sua infância e adolescência empregando os recursos da ficção, como a descrição com nomes irreais de lugares e pessoas que passaram por sua vida. Em Swann ele ensaia os assuntos cruciais da obra toda, como ciúme, inversão sexual (masculina e feminina) e a captura do tempo perdido como salvação. Tempo que é o verdadeiro herói e tema da obra, com seu poder devastador sobre alma, corpo, personalidade e caráter.O livro abre com as impressões do narrador sobre o sono, a doença, a insônia. O beijo da mãe, que o narrador menino não podia deixar de receber antes de dormir. A descrição do pai, da mãe, da avó sofredora, do avô, das tias e da tia-avó que é cuidada pela criada Françoise, todos reunidos na casa de campo de Combray. Charles Swann, amigo de seu avô, colecionador de arte, membro do Jockey e amigo de celebridades, aparece nos serões da família, chegando certa vez a impedir que o menino receba o beijo costumeiro, já que a mãe precisa fazer sala ao visitante. A família do menino critica Charles por ter se casado com uma ex-cortesã, Odette de Crecy, que o narrador conhecera na casa de seu tio Adolphe, um de seus amantes. Outras situações que ele vive: as impressões do campo, das igrejas de Combray, a amizade com o judeu Bloch, a fascinação pelos Guermantes, família aristocrática do lugar, a aparição de Gilberte, filha de Swann, que passeia pelo caminho que leva às terras de Swann junto com a mãe Odette e do Sr. De Charlus ( que olha para o menino como se o quisesse devorar, primeiros sinais da pederastia do personagem), com quem Odette trai o marido, a descoberta do amor lésbico ao ver a Srta. De Vinteuil através da janela de casa a receber afagos de sua amiga, e a prática sado-masô de cuspir na foto do finado pai, professor de música e criador do septeto famoso, que aparecerá em toda a obra, inclusive como hino de amor de Odette e Charles, quando se conheceram na casa dos Verdurin.Há uma pausa em que o autor narra seu