Nisan
CASE Nº 003 Case-Study
Nissan - O Forasteiro
Um case de estratégia de renascimento de uma empresa (a Nissan), a partir de um choque cultural
Nota Importante
ESTE
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Este case foi preparado pelo professor Francisco Gracioso 1ª edição: Junho/2000 Texto baseado no artigo publicado por Exame em 17/5/2000
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Se alguém pode mudar uma grande empresa japonesa, esse alguém tem de vir de fora. Essa, pelo menos, é a lição que nos dá Carlos Ghosn, o brasileiro que assumiu a direção da grande montadora NISSAN em maio de 1.999, com a missão de reverter os prejuízos e globalizar a empresa. Só alguém que não esteja imbuído da rígida cultura empresarial japonesa teria coragem para fazer o que Ghosn está fazendo. 1. Introdução A Nissan já foi a maior montadora japonesa e símbolo da indústria automobilística do país. Era uma espécie de General Motors de olhos oblíquos. Mas encastelouse em si mesmo e recusou-se a aceitar o desafio da globalização. Fazia as coisas bem feitas, mas sempre da mesma maneira e nem tinha pressa. As decisões só eram tomadas por consenso e não podiam contrariar os interesses de nenhum dos grupos envolvidos no processo. Como conseqüência, apesar de ter fábricas produtivas e alto nível de qualidade, a NISSAN deixou de atender aos desejos do comprador. Lançava carros insípidos, meras cópias (mal feitas) da TOYOTA. No Japão, a NISSAN vem rendendo participação no mercado há décadas e seus modelos são vendidos com deságio de US$400 em relação aos concorrentes. A saúde financeira da Nissan, devido aos sucessivos prejuízos, é hoje precária. Tem dívidas acumuladas de US$13 bilhões, mesmo depois de vender 35% de seu capital à Renault francesa. 2. A chegada do Forasteiro Foi