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Diferentemente da Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, a Eco-92 teve um caráter mais especial devido à presença maciça de inúmeros chefes de Estado, demonstrando assim, a importância da questão ambiental no início dos anos 90. Durante o evento, o presidente Fernando Collor de Mello transferiu temporariamente a capital federal para o Rio de Janeiro. As forças armadas foram convocadas para fazer uma intensa proteção da cidade, foram responsáveis também pela segurança de todo o evento.
Os países puderam chegar a um consenso no sentido de que, os países desenvolvidos eram os maiores responsáveis pelos danos ao meio ambiente, e que os países em desenvolvimento necessitavam de apoio financeiro e tecnológico para caminhar para o desenvolvimento sustentável, um tema central em todas as discussões.
Um dos acordos firmados durante a conferência foi a Convenção da Biodiversidade, que, aprovada por 156 países e uma organização de integração econômica regional, pregava a conservação da biodiversidade e o uso correto de seus componentes.
No entanto, o principal documento assinado na RIO-92 foi o Agenda 21, que consistia em um conjunto de ações e políticas a ser implantado por todos os países participantes da conferência, com o fim de promover uma nova política de desenvolvimento, pautada na responsabilidade ambiental. Uma das críticas ao Agenda 21 é que, embora tenha sido ratificado por todos os países, apresentava apenas propostas sem estabelecer prazos, diferentemente do Protocolo de Kyoto (1997), que fixava metas específicas para a redução da emissão de gases poluentes