Niemeyer A Forma na Arquitetura
“Não é o ângulo reto que me atrai.
Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem.
O que me atrai é a curva livre e sensual.
A curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher amada.
De curvas é feito todo o universo.
O universo curvo de Einstein.”
(Oscar Niemeyer, 1988)
Análise:
O Trabalho Coorporativo já não existe mais, e as Revoluções trazem ao mundo um clima de expansão industrial, a padronização dos processos produtivos e, como consequência, o trinômio quantidade, rapidez e baixo custo.
Em 1922, com a semana de arte moderna, o modernismo instala-se no Brasil.
Linhas retas e ausência de ornamentos, objetos e edifícios eram desenhados para atender aos aspectos do funcionalismo e do racionalismo, com isso as linhas curvas, figuravam menos na arquitetura que tinha como pensamento principal o rompimento com o passado.
Por trás das produções artísticas modernas, a política traçava o papel histórico do modernismo, a ruptura com o passado avançava também nesse campo, é quando são criados os partidos de esquerda.
Em Viena a música também abordava o modernismo, Arnold Schoenberg produzia músicas nas quais se percebe uma enorme vibração e variação de sons que poderia nos remeter aos ambientes frenéticos das cidades modernas com veículos e industrias movimentando as ruas. A música Barroca voltava-se para a tranquilidade e encontrava na música moderna de Schoenberg, a realidade da vida atual.
Na arquitetura brasileira, Niemayer mostra que, em um ambiente modernista onde o funcionalismo é o que norteia os projetos arquitetônicos, a partir da curva, pode-se manter a característica do modernismo sem abrir mão da arte e da estética.
O uso da curva, figurado nas sinuosas paisagens do Brasil, em especial do Rio de Janeiro e nas curvas sensuais das mulheres, fez com que Niemeyer criasse uma arquitetura Moderna e ao mesmo tempo plástica com o uso do material