A VIDA É UM SOPRO - OSCAR NIEMEYER
Oscar Niemeyer
Arquitetura e Urbanismo
1º Período
“Eu me lembro que na Europa, às vezes eles diziam: ‘O passado arquitetônico de vocês é pobre, é mais português do que brasileiro’. E eu dizia: ‘isso é muito bom para nós, porque vocês vivem circulando entre monumentos, e nós estamos livres pra fazer hoje o passado de amanhã’”.
Oscar Niemeyer fala de sua infância em Laranjeiras, à família e à juventude boêmia; fala de seu processo criativo, quando criança gostava de desenhar “com os dedos no ar”, e este gosto pelo desenho o levou a arquitetura. Tinha uma maneira muito particular para desenvolver um trabalho, ele se preocupava com as condições locais, com a possibilidade econômica, depois procurava argumentos concretos para colocar sua obra em prática. Usando como exemplo a estrutura do Palácio da Alvorada, ele afirma que a arquitetura nasce quando uma coisa não tem nenhuma finalidade se não da própria beleza, é a forma nova que cria surpresa ao ser apreciada. Para ele é importante ter liberdade, e não se preocupar apenas com a função, para atingir a admiração. Para ele um arquiteto tem que saber desenhar, fazer desenhos figurativos para trabalhar. A primeira casa projetada por ele foi para um parente (médico), ainda quando estudava, não custeou o projeto e mesmo assim recebeu crítica do proprietário que achou a construção impagável. A Obra do Berço foi o primeiro projeto que marcou a posição de Niemeyer na arquitetura, a fachada do prédio era diferente, com elementos verticais, que mostrou como ele era idealista, como ele se sentia responsável em relação à arquitetura brasileira.
Niemeyer recém-formado optou por trabalhar sem remuneração no escritório de Lucio Costa (arquiteto e professor brasileiro), foi com ele que Niemeyer adquiriu conhecimentos, queria fazer uma boa arquitetura. O projeto Pavilhão do Brasil de Lucio Costa foi vencedor na Feira Internacional de Nova York. Lucio gostou de Niemeyer e o convidou para ir