RESENHA OSCAR A vida é um sopro
A vida é um sopro é um documentário que mostra a vida e as obras do arquiteto Oscar Niemeyer, no qual ele relata a trajetória de sua vida, mostrando como revolucionou a arquitetura moderna com a introdução da linha curva e as novas possibilidades de uso do concreto armado.
O documentário inicia com Oscar falando o quanto gostava de desenhar na sua infância e que esses desenhos o levaram para a arquitetura. No documentário é mostrado imagens de arquivos inéditas, como também depoimentos de personalidades que conhecem e admiram o trabalho do arquiteto, como os escritores: José Saramago, Eduardo Galeano e Carlos Cony, o historiador Eric Hobsbawn, o poeta Ferreira Gullar, o compositor Chico Buarque e o cineasta Nelson Pereira. Ele diz que o momento importante na arquitetura é quando surge a ideia, fala de como gosta de causar surpresa, de fazer bonito e diferente, com muito orgulho ele compara suas criações com obras de arte. Estão presentes no longa os mais importantes projetos que fizeram de seu nome uma referência mundial, como: Brasília, a sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Pampulha, em Minas Gerais, a universidade de Argel, na Argélia, a sede do Partido Comunista, em Paris, o Museu de Artes Modernas de Niterói, no Rio de Janeiro, mostrando um amplo painel da carreira e da sua forma de trabalhar.
Niemeyer diante das câmeras usou várias vezes a palavra “merda”, ele é franco, crítico, desbocado e audacioso, mas também consciente de sua importância e dos feitos que realizou. Declara amor ao seu país, defende seu trabalho como também faz uma crítica a arquitetura praticada no Brasil: ”Brasília, por exemplo, deveria parar. Não deveria ter um bloco de apartamentos a mais. As cidades não deveriam crescer sem controle. Deviam parar e depois se multiplicar”, afirma Oscar. Ele vê na sua profissão uma forma de mudar o mundo, que, segundo ele, “nos faz insignificantes diante do vasto e indefinido universo”. Por meio da arquitetura, ele justifica que