Nicotina
É um composto orgânico do grupo dos alcaloides que são aminas heterocíclicas, isto é, que possuem cadeias fechadas, contendo um nitrogênio. São encontradas nas folhas do tabaco (nicotiana tabacum).
Estrutura da nicotina: Até a chegada de Cristóvão Colombo no novo mundo, a Europa desconhecia nicotiana, a qual era um hábito generalizado entre os índios da América do Sul, do México e do Caribe. Homens e mulheres que ali habitavam “bebiam”, ou inalavam, a fumaça de rolos de folhas em brasa enfiadas em suas narinas. Fumar, cheirar rapé (inalar tabaco em pó) e mascar folhas de plantas do tabaco. O uso do tabaco, sobretudo era cerimonial: dizia-se que a fumaça de tabaco sorvida de cachimbos ou de folhas enroladas, ou inalando diretamente de folhagem espalhada sobre brasas vivas, causava transes ou alucinações. Isso devia significar que o tabaco que usavam tinha concentrações muito mais altas de ingredientes ativos que as encontradas na espécie Nicotiana tabacum que foi introduzida na Europa e no resto do mundo.
*É provável que o tabaco que Colombo observou fosse Nicotiana rustica, a espécie utilizada pela civilização maia, é conhecida por ser uma variedade mais potente.
O uso do tabaco difundiu-se rapidamente por toda a Europa, e a isso logo seguiu o cultivo da planta. Jean Nicot, o embaixador da França em Portugal, homenageado na designação botânica da planta e no nome do alcaloide, era um entusiasta do tabaco, tal como outros notáveis do século XVI: sir Walter Raleigh na Inglaterra e Catarina Médicis, rainha da França.
O fumo não contava, no entanto, com aprovação universal. Editos papais proibiram o uso do tabaco na igreja e consta que o rei Jaime I da Inglaterra escreveu um panfleto em 1604 censurando: o costume repugnante aos olhos, odioso ao nariz, nocivo ao cérebro e perigoso para os pulmões.
Em 1634, o fumo foi legalmente proibido na Rússia. As punições para quem transgredia a lei eram extremamente severas – incisão nos lábios, açoitamento,