Nicotina
Por ser uma amina, a nicotina tem caráter básico e se apresenta (à temperatura ambiente e na sua forma pura) de um modo líquido oleaginoso e incolor. Porém, em contato com o ar, esse líquido se oxida, ficando pardo-escuro. É solúvel em água e muito solúvel em solventes orgânicos como o éter e o álcool.
Assim, como os demais alcaloides, a nicotina possui gosto amargo e é muito tóxica. Ela se encontra nas plantas de tabaco, a partir das quais se produz o fumo, em uma concentração que varia de 2% a 8%.
Ela é produzida na queima do cigarro e é a principal causadora da dependência que o fumante apresenta. Isso ocorre porque, ao se tragar o cigarro, a nicotina chega em cerca de 9 segundos ao cérebro e atua sobre o sistema nervoso central, causando uma sensação de bem-estar agradável. No entanto, essa sensação é passageira e quanto mais a pessoa fuma mais o organismo se adapta à droga e o vício aumenta, necessitando de mais doses de nicotina no organismo, ou seja, aumentando-se a quantidade de cigarros consumidos.
Efeitos simpaticomiméticos da nicotina são mediados por vários mecanismos, podendo ocorrer pela ativação de quimiorreceptores periféricos e efeitos diretos no tronco cerebral, resultando em aumento da freqüência cardíaca, da contração do coração, vasoconstrição coronária e da pressão arterial, também causa secreção de adrenalina e noradrenalina pela medula adrenal (Benowitz, 1996). Segundo Rang et al (2004), isso contribui para os efeitos cardiovasculares, pela liberaçãodo hormônio antidiurético pela hipófise posterior causando diminuição do fluxo urinário e aumento da concentração plasmática de ácidos graxos livres.
Uma série de efeitos físicos e psicológicos do cigarro.
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