Nicolau Maquiavel

3236 palavras 13 páginas
Um dos primeiros a formular ideias a esse respeito foi o pensador italiano Nicolau Maquiavel (1469 – 1527). Durante o período em que viveu, Maquiavel observou atentamente as diversas disputas políticas deflagradas entre os diversos reinos espalhados na Península Itálica. Ao observar a instabilidade gerada pelos recorrentes conflitos entre esses reinos, o teórico florentino começou a pensar sobre como seria possível o rei se manter no poder em meio às mais variadas adversidades.

A partir dessa preocupação que ele concebeu “O príncipe”, uma de suas mais proeminentes obras políticas. Em meio suas reflexões, Maquiavel instaurou o trabalho com os conceitos de Virtude e Fortuna. O primeiro era concernente à capacidade do governante em escolher as melhores estratégias para o fortalecimento de seu poder. Já a Fortuna, se dirigia aos imprevistos que poderiam supostamente limitar o poder de ação do rei.

De um modo geral, os críticos de Maquiavel até o século XIX se basearam quase exclusivamente no seu livro mais brilhante, O Príncipe, lendo-o em regra de má fé, citando frases fora do texto, não levando em conta o ambiente histórico em que surgiu e deturpando assim seu pensamento pela simplificação ou insuficiente compreensão de suas ideias. Por outro lado, seus defensores se colocaram num extremo oposto igualmente inaceitável, apresentando-o como um cristão convicto, republicano, patriota exaltado e amante da liberdade que teria pregado o absolutismo como mero expediente político ou refletindo apenas as imposições do momento histórico.
O Príncipe foi escrito devido ao desejo de Maquiavel de retornar à vida pública. Tenta demonstrar o seu valor como conselheiro político através do livro, utilizando sua cultura e sua experiência para elaborar um "manual", onde buscava saber qual é a essência dos principados; quantas são as suas formas; como adquiri-los; como mantê-los e porque eram perdidos. Além disso, alimentava a convicção de que uma monarquia absoluta constituía

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