Nicolau Maquiavel
A partir dessa preocupação que ele concebeu “O príncipe”, uma de suas mais proeminentes obras políticas. Em meio suas reflexões, Maquiavel instaurou o trabalho com os conceitos de Virtude e Fortuna. O primeiro era concernente à capacidade do governante em escolher as melhores estratégias para o fortalecimento de seu poder. Já a Fortuna, se dirigia aos imprevistos que poderiam supostamente limitar o poder de ação do rei.
De um modo geral, os críticos de Maquiavel até o século XIX se basearam quase exclusivamente no seu livro mais brilhante, O Príncipe, lendo-o em regra de má fé, citando frases fora do texto, não levando em conta o ambiente histórico em que surgiu e deturpando assim seu pensamento pela simplificação ou insuficiente compreensão de suas ideias. Por outro lado, seus defensores se colocaram num extremo oposto igualmente inaceitável, apresentando-o como um cristão convicto, republicano, patriota exaltado e amante da liberdade que teria pregado o absolutismo como mero expediente político ou refletindo apenas as imposições do momento histórico.
O Príncipe foi escrito devido ao desejo de Maquiavel de retornar à vida pública. Tenta demonstrar o seu valor como conselheiro político através do livro, utilizando sua cultura e sua experiência para elaborar um "manual", onde buscava saber qual é a essência dos principados; quantas são as suas formas; como adquiri-los; como mantê-los e porque eram perdidos. Além disso, alimentava a convicção de que uma monarquia absoluta constituía