Nicolau Maquiavel – O Príncipe
“O Príncipe” se constitui em um apanhado de conselhos dedicados a Lourenço de Medicis, de como se deve governar um povo de forma autoritária, colocando sempre em primeiro lugar o interesse do Estado. Essa obra ao contrario que possa parecer não originou ou incentivou a criação de estado absolutista, forte e centralizado, apenas, e tão somente, deu fundamentação teórica a instituição deste. Uma Idéia que encontrou boa repercussão no meio político em uma sociedade que vinha sofrendo com a fragmentação do poder, que caracteriza a idade média, encontrando respaldo na classe burguesa emergente na época
Nicolau Maquiavel – O Príncipe
A obra, "O Príncipe", de Maquiavel é um presente dado ao Príncipe Lorenzo de Médice para servir como um guia politico. Maquiavel busca através de exemplos reais fundar as suas ideias sobre como deveria ser a administração de um "Principado" e sua sociedade, ou por assim dizer Estado.
Para o autor, o governante deve entender que os homens tem uma natureza maléfica e portanto deve ser sempre cauteloso com o seu povo, ou seja, o príncipe não deveria ser bom demais, pois poderia perder a sua imagem de poder e severidade, nem deveria ser odiado pelo povo, temido sim, mas odiado não. O ódio levaria a revolta de sua população, e consequentemente a sua queda do poder, já o temor levaria ao respeito. Assim como, os meios de conseguir esse "respeito", ou seja, o poder de governo, propriamente dito, seriam justificados com os objetivos finais em sua trajetória, o príncipe, de acordo com Maquiavel, deve-se utilizar de todos as formas possíveis para governar, estas incluem o uso da mentira, do golpe, da corrupção, da promoção de uma falsa imagem, entre outros desvios de conduta, pois no final tudo seria justificado e válido.
Porém, Maquiavel afasta qualquer tipo de negativismo para com o príncipe, emanado de seu povo, e portanto o soberano deve ser sempre bem visto, deve sempre manter o seu povo